Roubos se multiplicam nas principais cidades do estado causando traumas e insegurança

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Tocantins registrou mais de três mil roubos, segundo levantamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Mais de 3 mil pessoas já foram assaltadas este ano no Tocantins
Os relatos de assaltos com violência têm sido cada vez mais comuns nas principais cidades do estado. Só neste ano o Tocantins registrou mais de três mil roubos, segundo levantamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Em muitos casos os bens vão embora e ficam os traumas.
A nutricionista Cecília Tenório foi assaltada mais de uma vez nas ruas de Palmas e não sente segurança em andar sozinha. “Bem traumatizante para mim. Acabei ficando muito nervosa, não consigo andar aqui em Palmas. É como se a qualquer instante alguém fosse me assaltar”, disse.
A estudante Beatriz Coelho foi assaltada na estação Apinajé, uma das principais da cidade. “Ele me segurou [o criminoso]. Nessa hora eu gritei, assustei. Foi a hora que ele me derrubou em cima do banco e me puxou para trás da estação. Só que o celular já tinha caído no chão. Podia ter pego e ido embora tranquilamente, mas ele ficou em cima de mim. Depois eu consegui me soltar, ele me deu um murro e saiu correndo”, disse.
O crime aconteceu na semana passada e ela ainda tenta lidar com o trauma. “Você vai dormir, mas não dorme bem. Vem a imagem na sua cabeça do que aconteceu ou então dá insônia”, contou.
Os dados da SSP mostram que os crimes de roubos, quando existe a violência, estão se multiplicando pelo Tocantins. As três maiores cidades do estado lideram o ranking dos casos.
Palmas – 1.222 ocorrências;
Araguaína – 612 ocorrências;
Gurupi – 220 ocorrências.
Também nesta semana em Palmas um grupo de alunos do Colégio da Polícia Militar foi assaltado após sair da escola. A mãe de uma das vítimas contou que os adolescentes foram abordados por dois criminosos. Uma das vítimas levou uma coronhada na cabeça e foi levada para UPA. Os celulares foram levados.
O Patrick Willys estava quase chegando em casa, voltando do serviço, quando teve a moto roubada. “Os dois meliantes me abordaram apontando a arma e pediram para sair correndo que eles iriam pegar a moto. Em questão de segundos pegaram e nunca mais vi meu bem”, lamentou.
Essa também não foi a primeira vez que o assistente administrativo foi assaltado, mas a pior parte é que a moto ainda não estava quitada e ele ainda vai ter que ficar um ano pagando pelo veículo.
O que diz a polícia
A Polícia Militar não quis gravar entrevista, mas afirmou em nota que o policiamento ostensivo e preventivo da capital tem sido feito dia e noite por meio de abordagens a pessoas em atitudes suspeitas e rondas nas quadras.
Também ressaltou a responsabilidade que o cidadão deve ter com sua própria segurança com atitudes preventivas, como por exemplo, evitar falar ao celular em locais públicos e com pouca iluminação.
A Secretaria de Segurança Pública foi procurada pela TV Anhanguera, mas não respondeu pedido de entrevista e nem enviou uma nota.
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Fonte: G1 Tocantins